Sabemos seja por conta própria ou através da imprensa que o Brasil é um dos países no qual a força tributária é imensurável, e só não me arrisco a taxar como segundo em carga de tributos em todo o mundo por não ter absoluta convicção, e como sabido é, este blogue apresenta-se, sempre, fiel a verdade, não obstante a inventar algumas para demonstrar a veracidade, e se procurarmos no dicionário encontraríamos como sinônimo, para tal elucidação, a palavra parábola.
Pois bem, não irei pôr-me a tergiversar e tentarei ir direto ao cerne da questão a qual pretendo discutir. De um modo geral, o Brasileiro paga impostos, caros em sua maioria, sobre tudo consumido, inclusive naquela cachacinha da qual o bêbado jamais desconfia ser onerado, claro está, que pus de “modo geral”, pois somos sapientes da existência das irregularidades da lei, contudo a disfarçaremos e trataremos somente da parte legal. Vamos nós.
Paga-se impostos ao governo e não se tem uma rede de saúde compatível aos altos valores retirados dos bolsos, cada vez mais vazios, do Brasileiro. E juntamente com a saúde vemos a educação a ser deixada de lado, mas vamos ser justos com nossos governantes, eles são coerentes no ponto educacional, uma vez que se gerarem cidadãos inteligentes e questionadores dariam “um tiro no próprio pé” e “a bala sairia pela culatra”. Portanto como os políticos também são Brasileiros, jamais serão trouxas, pois esta definição eles marcam, tal qual boi, em nossas testas.
Todavia, para esses dois problemas, um tangente a saúde e outra a educação, os nossos geniais, insólitos e prodigiosos governantes já puseram em prática “soluções” e para ambas é a mais simples possível. Se pensaste em privatização acertaste como um gênio do capital que és. Logo, a ilação é tão evidente quanto à morte, quem tem privilégio financeiro tem do bom e do melhor, como é dito na gíria, enquanto os restos se consolam em ter ao menos uma coisa igual aos privilegiados e esta é a já citada morte. Pois bem, infelizmente a meu ver e felizmente aos olhos alheios, o Brasil e inúmeros países vivem assim, e caso protesto tenha não tarda dos protestantes serem alcunhados de desordeiros e serem calados através da, única, psicologia indiscutível, isto é, a brutal.
Então, tratarei de um assunto mais, à primeira vista, inofensivo, porém também muito rentável aos cofres públicos. Refiro-me aos guardadores de carro ou dono das ruas, aos quais ficamos submetidos, ou melhor, seria dizer reféns. Por conseguinte, analisemos o âmago da questão. Se pagamos impostos, por que devemos pagar por estacionar o carro na rua, se a segurança dos carros e os locais onde ficam são da competência pública para usufruto da população, a qual, repetimos para se compreender bem, paga seus impostos. Enfim, somos obrigados a pagar duas vezes, pois caso contrário está arriscado o carro ser depredado e o valor do prejuízo ser incalculável.
Para falar a verdade, o certo e melhor é não nos preocuparmos com isso, não lutarmos por nossos direitos, tampouco ser chato e inconveniente como o autor do blogue, quiçá o certo é proceder e fazer como se diz a boca pequena: “Deus ajuda quem cedo, e calado, madruga.”