segunda-feira, 6 de abril de 2009

O filho e o pai

A qual ponto chegamos? Para onde iremos? Qual será nosso futuro? Por que, aqui, estamos? São perguntas retumbantes que poderiam ser agregadas a inúmeras outras que permeiam nosso roto cotidiano, porém são feitas por um louco ao ar sem tenção de resposta, apenas perguntas. Todavia, este mesmo insano as responde intimamente – por que as soluções do ancião perguntado são padronizadas, as mesmas de sempre, apesar da boa vontade dele - dizendo para si que aonde chegou é um excelente lugar, poderia ser melhor, mas não há o porquê de só se queixar, e pelo lado positivo é de bom tom olhar. Para onde irá e qual será o futuro são questionamentos divergentes, mas no senso comum convergem como uma só dúvida, e para elas temos metas, sonhos e planejamentos servindo como pseudo respostas, pois só o tempo, de fato, acerta essa questão. Por fim, a mais temida, a temerosa pergunta a qual tange o motivo para estarmos aqui, a essa realmente não há uma resposta plausível das milhões existentes, contudo nos satisfazemos com a possibilidade de viver, de buscar a felicidade, seja essa qual for idealizada por nós, pois o importante, o relevante é viver, é ser feliz.

Depois disso, o pai apaga a luz e conclama o sono do seu filho, o perguntador insano, esse o responde com a pergunta das mais insólitas, já sapiente da resposta, por que dormimos? O pai diz para descansarmos e o filho deita, e a fim de fazer o pai dormir finge se satisfazer, no entanto o pupilo sabe na pueril sabedoria, porém mais verdadeira de todas, que a resposta para dormir é acordar e a reposta para acordar é dormir. Mostrando assim, o garoto, que sábio nem sempre são os respondedores, na maioria das vezes, são os inocentes questionadores.

2 comentários:

  1. Esse texto é quase uma aula de filosofia! hahahahaha
    Muito bom, Danilo.

    Abraço

    ResponderExcluir
  2. Eei Danilo, p. variar mais um bom texto, só achei um pouquinho confuso :)

    Beijo beijoo

    ResponderExcluir