domingo, 27 de fevereiro de 2011

O muito e o tão pouco

Muita lei, muito ordenamento jurídico, muita norma, muitos fundamentos, muitos princípios e, por fim, no todo, uma pseuda organização.

Todos são muito inteligentes, nunca tive dúvidas, todavia o pré-requisito fundamental para exercer a função, na maioria, está ausente. A respeito disso, o mais triste é constatar que o fulcro diz-se do comprometimento e da vontade, nem me atenho à capacidade ou ao dom de ensinar, que deveriam também ser exigidos, mas é assaz o interesse em passar o conhecimento, a simples instância com a educação.

Acerca de tal quadro, por vezes e não poucas, me pergunto, ou melhor, contesto. Como querem construir um país pelo telhado? Por que ignoram, solenemente, a base (educação)? Por que quem mais cobra a respeito (lê-se os professores) não cumpre, salvo exceções, sua função (lê-se, agora, acerca dos professores de instituições públicas) de modo exemplar, a fim de realmente ter razão, ‘embasada’, para reclamação?

Provavelmente, essas indagações (contestações) são, sempiternamente, vazias, sobretudo porque eles não colocam, de fato, a mão na consciência, pois está intrinsecamente suja. Quando colocam, porém, e depois tiram, lavam imediatamente com água raz, para que os outros não enxerguem as sujeiras e tampouco sintam o odor pútrido de suas consciências.

Resta-nos, dessa forma, escolher o verbo e a sua conjugação, dentro das opções, essas são: Ver, vender ou vendar. Eu (estou), humildemente, vendo (verbo ver, no gerúndio). E embora sem repercussão, ao menos tento mudar. Mas e você, pelo quadro instalado, o quê fará? Vendar-se-á (vendar)?! ou Vender-se-á (vender)?



PS: As alíneas acima demonstram a minha indignação com alguns professores da rede pública de ensino, situação a qual passo há tempo e não melhorou muito com o passar dos anos. Ademais, para mim, médicos e professores são subvalorizados e deveriam ter maior valorização salarial e maior reconhecimento social. Logo, minha crítica é voltada aos poucos, porém não insignificantes, péssimos profissionais que temos na rede de ensino e que maculam a imagem dos bons professores, os quais aparecem em maioria.

Um comentário:

  1. Meio quebrado pelas vírgulas como sempre, ahahh.
    Parece uma fluência criada por um tal de José Saramago (Deus o tenha). Cheio dos adquiridos vocábulos jurídicos, rapaz, fica até difícil ler pra quem não é do ramo. Acima de tudo, um texto muito bom. Adorei a imagem do "construir a casa pelo telhado". Sorte e continue na felicidade.
    Abraços

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