sexta-feira, 12 de junho de 2009

Reminiscências

As reminiscências acodem os tempos dos quais eu apetecia crescer, época dos quatro, cinco, seis, sete ou seja lá a pouca idade somada que tinha, e meu âmago era obstinado em alcançar a genética do crescimento. Porém, a saudade com requinte duro e árduo de nostalgia e covardia, abata-me o peito, do tempo em que a vida era, simplesmente, vivida, sem compromissos, sem preocupações, sem cotidiano. Sobretudo, sem entender os adultos, os porquês deles, as razões por quais franziam a testa, as discussões de um com outro, os sentimentos, seja em excesso ou em falta. Não, da vida eu nada entendia, e ainda assim o sorriso era permanente, era inocente, pudico, pueril, como era bom ser infantil. Agora, já sei viver, estou contaminado pelos adultos, há em mim o que jamais entendera quando pequeno. Entretanto não me amarguro, pelo contrário, lembro feliz o modo como aproveitei, mormente ao ver aquela senhora andar de mãos dadas àquela criança, de mochila nas costas, caminham a perder de vista, tal qual fazia com a minha saudosa e querida avó, ah tempo bom!

Mas, confesso, se pudesse voltaria o tempo ou pararia o que cá estou, pois doravante sentirei saudades do hoje, o qual tratarei por outrora. E esta paradoxalidade é inerente ao ser humano, ao adulto, é em um breve suspiro quando alguns sais esvaem-se fugitivamente, e vejo que realmente cresci.

Um comentário:

  1. Danilo, tudo bem? Vi que passou no meu blog e postou um coment lá...Que bom que gostou o bloguinho!! Passando por aqui vi tb que vc escreve mto bemmmm!! Será com certeza um excelente advogado ou outro ramo da magistratura...
    Beijos pra vc e ótimo fds!!

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